O documentário curta metragem sobre a história da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba (SP), realizou entrevistas com as pessoas longevas residentes na região, muitas delas atendidas pela Associação São Joaquim de Apoio à Maturidade, para contar a história da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba, marco arquitetônico e histórico do estado de São Paulo.
Manifestações culturais como a Folia de Reis, Festa de Santa Cruz e Santa Cruzinha têm tradição secular em Carapicuíba, as pessoas idosas que vivem essas tradições desde crianças, trazem neste filme a memória viva e latente com cantos e danças promovidas dentro e fora da instituição. O encantamento da cultura popular atua ressaltando a memória destas pessoas, oportunizando que também os mais jovens se apropriem da importância histórica e enxerguem o valor de seu próprio município nas áreas artísticas, turísticas e econômicas oferecidas por meio da cultura, dando continuidade a Cultura Popular da região, rota e parada dos bandeirantes durante a colonização da Grande São Paulo.
Nos dias 14 de setembro a partir das 17h e 15 de setembro a partir das 10h, haverá a Festa de Santa Cruzinha, com orquestra de violas, música, gastronomia entre outras atividades gratuitas para quem deseja participar das festividades de Cultura Popular dessa região.
“Valorizar as pessoas idosas, seus saberes e fazeres é planejar uma melhor velhice para toda a população e o curta documental: Memórias da Aldeia de Carapicuíba: cultura e longevidade, vem apoiar esta estratégia de bem-estar para cuidar da vida em todos os seus ciclos e incentivar pessoas de todas as idades a olhar para maturidade com respeito e admiração.”, diz Lia Nasser, comunicadora da Associação São Joaquim de Apoio à Maturidade.
O mini documentário de 15 minutos, contribui com a preservação da cultura local por meio das histórias e memórias das pessoas que estão ligadas à ela. O curta metragem enfatiza a importância da valorização das pessoas 60+ e de sua sabedoria para a preservação e manutenção da cultura, que confere identidade e fortalece a população e o desenvolvimento local.
A história da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba é representativa da colonização brasileira, sendo uma das primeiras Aldeias Jesuíticas construídas no Estado de São Paulo. Fundada em 12 de outubro de 1580, a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba era originalmente uma fazenda com mão de obra escravizada indígena trazida do sertão pelo seu dono, Affonso Sardinha. Após a morte deste, a fazenda foi herdada pela Companhia de Jesus, juntamente com os indígenas e alguns escravizados. Em 1580, o padre jesuíta José de Anchieta fundou 12 aldeias missionárias em torno do Mosteiro de São Bento, entre elas, as de Barueri, Itapecerica, Pinheiros e Carapicuíba.
Leia mais: Celulares piratas serão bloqueados em 15 estados
O documentário curta metragem relata a história da Aldeia por meio das experiências, memórias e histórias das pessoas longevas que residem no local. Desta forma contribui também com a valorização das histórias de vida, da identidade do território, da presença das festas populares como a de Santa Cruz, Santa Cruzinha e Folia de Reis, transmitidas de forma ancestral, pelas pessoas que conquistaram muitos anos de vida.
O Censo 2022 indica uma aceleração no envelhecimento no Brasil. Segundo o IBGE, as pessoas com 65 anos ou mais (quase 22,2 milhões) já representam 10,9% do total de habitantes no país (203,1 milhões). Essa faixa etária teve um salto de 57,4% em relação a 2010. Para se ter uma ideia, em 1980, as pessoas de 65 anos ou mais representavam 4% da população total.
Memórias da Aldeia de Carapicuíba: cultura e longevidade podem ser visto pelo Youtube, foi realizado por meio do Edital da Secretaria de Cultura e Turismo de Carapicuíba, através da Lei Paulo Gustavo 004/secult/2023 – Edital audiovisual fomentado pelo Ministério da Cultura em parceria Curta a Ideia, produtora especialista em causas.
Siga o Dica App do Dia em nossas redes sociais e também nos agregadores de notícias Flipboard e Google Notícias.